quarta-feira, 14 de abril de 2010


“Nós precisamos olhar para a verdadeira natureza de nosso amor. Nosso amor deveria trazer paz e felicidade aos que amamos. Se nosso amor é baseado em um desejo egoísta de possuir outros, não seremos capazes de levar até eles paz e felicidade. Ao contrário, nosso amor os fará se sentirem em uma armadilha. Tal amor não é mais que uma prisão. Se as pessoas que amamos são incapazes de serem felizes devido ao nosso amor, eles acharão uma maneira de se libertar. Não aceitarão a prisão do nosso amor. Gradualmente o amor entre nós se tornará raiva e ódio.”
Buda Sakyamuni

Amor e entendimento

...de acordo com o Caminho da Iluminação, amor não pode existir sem entendimento. Amor é Entendimento. Se você não pode entender, não pode amar. Maridos e esposas que não se entendem, não se amam. Irmãos e irmãs que não se entendem, não se amam. Pais e filhos que não podem se entender, não podem se amar. Se você quer que seus amados sejam felizes, você deve aprender a entender seus sofrimentos e suas aspirações. Quando você entende, saberá como aliviar seus sofrimentos e como ajudá-los a tornar realidade suas aspirações. Isto é verdadeiro amor. Se você quer apenas que seus amados sigam suas próprias idéias e ignora suas necessidades, não é um verdadeiro amor. É apenas desejo de possuir o outro e uma tentativa de atender às suas próprias necessidades, que não podem ser preenchidas deste modo.

Buda Sakyamuni

O buda disse...

Primeiramente, você deveria saber que o sofrimento causado por um amor baseado no desejo e no apego é milhares de vezes maior que o sofrimento que resulta da compaixão. É necessário distinguir entre os dois tipos de sofrimento – um que é inteiramente inútil e serve apenas para perturbar nossa mente e corpo e o outro que nutre a capacidade de cuidar e a responsabilidade. O amor baseado na compaixão pode prover a energia necessária para responder aos sofrimentos dos outros. O amor baseado no apego e desejo pode apenas criar ansiedade e mais sofrimento. Compaixão provê o combustível para ações que ajudam e para o serviço. Grande rei, compaixão é extremante necessária. A dor que resulta da compaixão pode ser uma dor útil. Se você não pode sentir a dor da outra pessoa, não é realmente humano.

Buda Sakyamuni

"Tem coisas que precisamos desaprender para aprendê-las.E tem coisas que precisamos possuir para poder renunciar a elas."

gate gate!!

"Vá,vá,vá além.Vá além do além"
OM GATE GATE PARAGATE PARASAMGATE BODHI SAHVA

Valores Humanos e sua Prática na Vida Cotidiana


Valores Humanos e sua Prática na Vida Cotidiana
Tarde de 5 de abril de 1999: A raiva e seus antídotos
Por S.S. Dalai Lama
Durante a manhã falamos sobre compaixão e como desenvolvê-la. E, naturalmente, os seres humanos trazem em si a semente da compaixão. Quando vemos nossos irmãos e irmãs sofrendo, sentimos por eles, nos sentimos mal.

Alguns dizem que a natureza básica do ser humano é agressiva, outros dizem que é gentil. Ambos têm certo grau de razão, mas entendo que a natureza básica do ser humano é gentil, porque todo mundo quer alegria, não sofrimento.

A importância do amor e da tranqüilidade — Quando no ventre da mãe, antes de nascer, o estado tranqüilo da mãe é vital para a saúde da criança. Depois de algumas semanas de nascimento, o toque físico na criança é vital para o desenvolvimento adequado da mente.

Portanto, durante esse período — e aqui não se está falando de religião e fé — a gentileza e a bondade são vitais para a criança.

Depois, quando se trata de educar uma criança, aquelas que têm uma atmosfera gentil, de apoio, aprendem e se desenvolvem mais; as que não recebem afeto humano se desenvolvem menos. Isso mostra claramente a necessidade do amor, e de uma atmosfera afetiva.

A compaixão, o cuidado gentil, são qualidades predominantes em seres humanos. Também vemos seres humanos se expressando de modo violento, mas isso se deve ao mau uso da inteligência e ao desejo — que terminam por gerar estados mentais nada agradáveis. E esses não são aspectos mentais de nossa natureza básica.

Usualmente vemos no jornal, rádio, televisão atrocidades, atos negativos, e a partir disso concluímos que a natureza humana é negativa. E nos perguntamos por que essas coisas negativas se tornam usuais. Essa nossa reação mostra que atividades como a compaixão e o cuidado são naturais. Por isso os tomamos por habituais. O crime, o assassinato, as ações violentas são um pouco fora da natureza humana, e por isso são notícia. Na sociedade humana, as atividades de ajuda e compaixão são predominantes — e por o serem, não são notícia.

Se analisamos de perto as atividades humanas, veremos que a parte dominante das atividades humanas são as compassivas e generosas, não as agressivas. Nesta manhã vimos que a raiva e ódio são coisas que fazem mal a nossa saúde. O nosso corpo sente-se bem com emoções positivas, e sofre com as negativas.

Como chegar à não violência — Para enfrentar a raiva, o ódio, o ciúme e as demais emoções negativas, temos que analisar o que são e de que forma agir em relação a eles. Hoje em dia é muito comum se falar sobre paz e não violência como uma coisa positiva. Mas qual é a linha que separa a violência da não violência? A verdadeira linha que as separa é a motivação e a resolução.

Para que se possa promover a não violência, temos que cultivar a compaixão, o senso de cuidado com os outros. Temos que controlar nossas emoções negativas. E se nós tentarmos suprimir essas emoções à força, não conseguiremos.

O controle está ligado a conhecer, analisar essas emoções e, com base nessa análise, escolher um caminho diferente. Se você tem o objetivo de ser uma pessoa com potencial de ajudar os outros, será necessário ter uma atitude perante um dos fatores que mais bloqueiam nossa ação positiva nesse sentido: a raiva e o ódio. Terá que ter uma atitude capaz de lidar com esses sentimentos. E o antídoto mais eficaz contra eles é a paciência.

Os malefícios da raiva — Que benefício a raiva pode trazer? Às vezes pensamos que ela vem em nosso socorro: em uma situação trágica, a raiva parece nos dar mais coragem e energia. Sob essa perspectiva, seria algo que nos ajudaria a superar uma situação difícil.

Mas a energia que vem da raiva é cega, não tem nenhuma sabedoria, e traz o potencial de fazer com que você se auto-destrua. A raiva bloqueia nossa capacidade de discernimento, e cega nossa inteligência.

Por exemplo: às vezes perdemos a cabeça e dizemos palavras absurdas, depois nos sentimos envergonhados, temos vergonha do que dissemos, de nossas palavras impensadas. No momento em que a raiva tomou conta, perdemos a capacidade de pensar e de discernir.

A raiva também não faz bem a nossa saúde. Algumas vezes, quando queremos atingir um inimigo, deixamos a raiva nos guiar. Não é certo que conseguiremos atingir o inimigo, mas uma coisa é certa: prejudicaremos a nós mesmos.

Se temos um inimigo que resolve nos perturbar, quando reagimos estamos deixando que a situação continue a se desenvolver. E, mesmo depois que terminou, continuamos a sentir raiva — deixando que a situação nos perturbe mesmo depois de terminada. Se, no entanto, temos paciência, a situação irá acabar por si mesma.

A raiva causa dor de estômago, mal estar, em nós. E o inimigo pode até se regozijar com isso.

Temos que tomar atitudes de uma maneira pensada, sem perder a paz de espírito. Aqueles que tem alguma prática de compaixão e tolerância conseguem fazê-lo muito bem. Vários monges tibetanos que estiveram em prisões chinesas, alguns por muito tempo. Os que conseguiram atravessar essa situação de forma menos traumática foram os que mais cultivavam uma atitude compassiva.

Todos eles passaram por tortura física, mas os mais compassivos sofreram muito menos com a tortura. Um monge que ficou 18 anos em uma prisão, em uma ocasião em que conversávamos, me falava sobre a vida na prisão. Ele me disse que em algumas ocasiões esteve em grande perigo. E eu perguntei: "que tipo de perigo"? Ele me respondeu: "perigo de perder a compaixão pelos chineses". Isso mostra o quanto a paciência e a tolerância são importantes. Elas não são fraquezas, e sim um sinal de fortaleza interior.

Se você pratica a compaixão, eventualmente você pode até desenvolver algum grau de gratidão pelo seu inimigo, porque só através da prática da tolerância e paciência se manifesta a compaixão.

E para praticar a paciência e a tolerância você tem que enfrentar situações difíceis. Como praticar tolerância diante de um Buda? Para aprender tolerância e paciência temos que exerce-las. Portanto, o inimigo é o seu mestre, e o ajuda a desenvolver essas qualidades.

Algumas vezes temos a noção de que a prática da paciência e tolerância significa nos curvarmos diante dos outros, mas não é isso. Estou falando de não deixarmos a raiva nos dominar, não de submissão.

Como lidar com a raiva — Como lidar com a raiva? Há diferentes tipos e níveis de raiva. Algumas são mais razoáveis, como a raiva motivada pela compaixão — ela pode nos levar a ficar irados com uma pessoa, e há razão para isso. Há no entanto outros tipos de raiva que não têm uma base na realidade. Surgem na mente como uma projeção de um estado mental negativo.

Há também diferentes graus de intensidade. Algumas raivas são mais intensas, outras menos. Dependendo do grau e do tipo, se adotam medidas diferentes.

Quando a raiva é mais branda, ao percebermos que está para vir, devemos lembrar o caráter perturbador dela, e então seremos capazes de controlá-la. No caso de uma raiva muito violenta, é muito difícil pensar em medidas preventivas como no caso de uma raiva mais branda. Então o melhor é neutraliza-la pensando em outros assuntos, para ao menos não deixa-la tomar conta. E, à medida que nos tornamos mais habilidosos, podemos adotar diferentes tipos de contra-ação.

Um outro tipo de prática é destinado à raiva que nos é causada por desastres naturais, tragédias. Então temos que olhar o problema de diferentes ângulos.

No meu caso, em que perdi meu país, vejo que isso trouxe uma oportunidade de encontrar muita gente e repartir experiências. Qualquer evento tem dois aspectos. Algo que parece muito ruim quando se está com raiva, pode ter aspectos benéficos.

Outro método é tentar olhar os eventos à distância. Vistos dessa nova perspectiva, os problemas ficam menores. Se olhamos muito de perto, parecem incontroláveis. Devo pensar "esse não é somente o meu caso, mas há muitos outros". Isso coloca as coisas em perspectiva.

Quando se tenta perceber as coisas de uma perspectiva mais ampla, se vê de forma diferente. Então, se abre um novo espaço para um novo sentimento, uma nova atitude. Isso revela a importância do estado mental.

Para se desenvolver a compaixão inamovível e sem preconceitos, é fundamental ter uma atitude correta frente aos inimigos. Assim, os budistas adotam a seguinte estratégia para desenvolver a compaixão sem preconceitos: Recuam.

Recue você também. Recue da proximidade dos sentimentos, da proximidade dos amigos e da distância dos inimigos. Adote a equanimidade. O apego aos amigos e o desagrado dos inimigos são um entrave.

Quando se olha com equanimidade, vemos que todos os seres querem a felicidade, querem se livrar do sofrimento. E quando percebemos isso, podemos chegar à compaixão.
"Que haja discernimento correto na opção da vida"
(Monja Coen Sensei)
Há uma consciência que atravessa a experiência de vida e morte.
(ensinamento budista)


"-Como pode alguém impedir uma gota de água de jamais secar?
- Atirando-a ao mar..."

Sua natureza é ilimitada,além do espaço e tempo,além da vida e da morte, além de forma e reconhecimento.Não tem início,nem tempo,nem fim. Uma eterna intenção que perdura além de identidades e carne, um misterioso brilho interno.

Sua mente é mais ampla que sua identidade atual. Mais ampla do que qualquer identidade construída.

" Não crie sofrimento;

Pratique virtude;

Seja senhor de sua mente;

Eis o ensinamento de todos os budas."

"Qual era a sua face antes de seu pai e mãe nascerem?"

Reponda

"Se eu espalmo as duas mãos, uma na outra, qual é o som de apenas uma das mãos?

Meditação Mettabhavana


"Que você seja feliz

Que você esteja livre do sofrimento

Que você encontre as verdadeiras causas da felicidade

Que você esteja livre das verdadeiras causas do sofrimento

Que você se liberte inteiramente dos seus carmas (ou condicionamentos)

Que você tenha lucidez instantânea a todo momento

Que você possa verdadeiramente beneficiar os seres

Que você encontre nisso a verdadeira felicidade


( meditação mettabhavana )
"cuide dos seus pensamentos porque eles geram as suas ações;cuide de suas ações porque elas geram seus hábitos;cuide de seus hábitos porque eles geram os seus valores; cuide dos seus valores porque eles ditarão o seu destino"

“A minha vida é incerta. Eu nasci e um dia vou morrer. Haverá o dia em que pela última vez eu poderei contemplar qualquer coisa que evoque em mim a natureza ilimitada. "

"As cinco compaixões são: acolher(azul), propiciar meios(amarelo), oferecer eixos9vermelho),obstaculizar negatividades(verde) e revelar a natureza ilimitada(branco)"


"a mente humana é como um diamante coberto de barro"

Om Ah Hum


“Esse corpo que vai ao chão irá se dissolver completamente na terra. Nesse momento, ele tem o brilho da vida, mas um dia esse brilho irá cessar. O brilho vai se transferir e o corpo perecerá”. Assim, tocando os cinco pontos do chão, dizemos: “Que eu me livre do orgulho, da inveja, do desejo e apego, da depressão, da aflição por carência, da raiva e do medo”. E ao levantarmos, dizemos: “Que o meu corpo se erga para trazer benefício aos seres, que essa seja a única razão para esse corpo se levantar”. Vamos ao chão três vezes.

"a simplicidade da vida é uma das formas de virtude. Por quê? Simplicidade é liberdade. Quanto mais simples for a vida, mais estável ela se torna. Observem que precisamos, pelo menos, tirar o pó acumulado de cada objeto que possuímos. Tendo cinco objetos, serão cinco objetos para se tirar o pó. Se tivermos quinhentos objetos, o desespero já começa a surgir. A simplicidade é uma forma de utilizar melhor as nossas condições favoráveis. Se tivermos essas condições e vivermos com simplicidade, essas condições se multiplicarão."